Poeta Guilherme Mossini Mendel

"Quem escala montanhas se fortalece. Quem procura atalhos acaba se perdendo."

Textos

"Poliana", de Eleanor H. Porter

 

Li "Poliana" pela primeira vez quando criança, numa edição dos anos 70 pertencente à minha mãe.

 

Contudo, confesso que a obra impactou-me muito mais agora, numa segunda leitura, uma vez que percebi o alto potencial de indagações e críticas dentro de um texto tão romântico.

 

O livro trabalha com o ponto de vista da criança Poliana, cujas imaturidade e ingenuidade não permitem a real compreensão do funcionamento da complexa vida da sociedade adulta, o que leva o leitor a questionar aspectos importantes da sua existência.

 

Por outro lado, há o viés dos personagens adultos, que carregam consigo o sentimento de dever, a desilusão, as frustrações, características bem diferentes do otimismo infantil observado na menina.

 

Porém, a vontade de viver e de ser feliz de Poliana contagia a todos os adultos ao seu redor, proporcionando a eles grande parte dessa vitalidade, desse positivismo. Percebe-se então que, ao argumentar sobre o "jogo do contente", a autora convida o público a praticá-lo durante a sua trajetória também, ajudando as pessoas a tornarem os seus caminhos menos automáticos e mais proveitosos.

 

E é por tudo isso que esse título, publicado pela primeira vez em 1913, ainda faz tanto sucesso (e sentido), transformando-se em uma leitura obrigatória e inesquecível, aos moldes de "O pequeno príncipe".

Guilherme Mossini Mendel
Enviado por Guilherme Mossini Mendel em 29/03/2025


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